a fé não costuma falhar :D ♪

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Eu!

sábado, 30 de maio de 2009

Austrus! ventos sulinos

Era 11:45, Marcos não conseguia dormir... A luz da lua penetrava na janela fazendo o quarto todo iluminado. Ele se senta na cama, está inquieto. Levanta e caminha em direção a janela. A noite está estranha, as árvores se mexem tanto que parecem até terem vida propria. o assobiu do vento querendo entrar é realmente perturbador. Marcos odeia noites assim:
-Parece um aviso,um pedido...
- Ou apenas um dia ventoso. Diz André seu amigo. a quem divide o quarto
- Tu sabes bem que odeio noites assim,nem a remédio dormiria.
- Tu não tem mais idade de ter medo, já disse que ficar vendo filmes de terror e decifrando supostas mensagens subliminares não te fazem bem.
- Ora e desde quando tenho medo? Apenas não gosto do vento,acho que quem gosta de ouvi-lo deve saber entende-lo e como eu não quero acho natural não gostar.
- Você é bem estranho. Não tinha ninguém normal para dividir o quarto comigo (sorri) volte a se deitar e durma pois amanhã temos aula.
Marcos se deita e fica olhando o teto, o vento batendo na janela parece aumentar.Ele fica inquieto, muda de posiçoes várias vezes até acabar dormindo.

II-
O celular despertou. 5:00 h. Marcos acorda, levanta e chama André:

- Ei André levante-se já são 5;00
- Humhum...
passa-se 15 minutos:
- Tudo bem, mas se quer que eu lhe espere, esqueça... não irei me atrasar de novo...
- André o que há com você? levante-se e largue de ser folgado.
- ok ok! aff

André levanta-se... parece bebado. Marcos ri, nunca pensará que alguém tão responsável quanto ele poderia ter bebibo, ainda mais um dia antes de prova.
- Quer saber? deite-se...tome água e durma. Direi que esta doente e certamente ninguém duvidará .

André sorri, senta-se na cama e já cai dormindo.

- onde será que ele foi na madrugada, sem avisar e com aquele tempo? É no mínimo estranho mas enfim... tem coisas que não se explicam.
Marcos corre para a parada de ônibus .

Devia ter havido algum sopro de vento,ou algum estranho calafrio,uma música etéria que apenas Marcos ouvisse... uma tensão no ar,algum tipo de presságio. Marcos chegou na parada de ônibus, havia apenas uma pessoa. Era uma garota com um sobretudo preto,botas e capus, estava encostada na parede. Marcos analisava ela, olhou-a de cima a baixo, tinha a mania de querer adivinhar como é cada pessoa. Começa a chover, o céu escurece e marcos não tinha guarda chuva... ele pensa:
se eu o tivesse trazido garanto que não choveria.
A garota sorri,parece ter lido seus pensamentos:
- Antes chuva do que vento não é mesmo.
- Mas a chuva não interfere no vento. Diz ela
Marcos olha para o chão, pensa um pouco e quando olha para o lado a garota havia sumido...
- Mulheres... exclama ele e dá os ombros.
O onibus chega!

III

Na volta para casa marcos se molha, vai correndo até chegar em casa e encontra André:
- E então como está? Pergunta trancando a porta.
- Ah...estou melhor. Responde André, baixando a cabeça como quem está envergonhado.
- Que bom!
Marcos resolve não perguntar nada para não constranger o amigo. A chuva aumenta, Marcos vai a janela
- Odeio dias cinzas
- Ué! dias cinzas são apenas escuros, de certo modo eu até gosto a unica coisa que modifica meu humor é o vento
- ha ha ha.. tu és a unica pessoa que teme o vento
- É como se ele me pedisse para entrar,como se me observasse entre as frestas da persiana, e eu, egoista fingisse não ouvir
- Entendo... murmurou André angustiado
- Ah...tem macarrão instantaneo Marcos, troque de roupa e faça um se quizer, eu irei jogar video game.
- Ah... que saudades da comida de minha mãe,não suporto mais comer isto.
André ri, o vento e a chuva aumentam, a luz cai.
- Ah não creio.Bem na hora do meu jogo. Definitivamente eu também não gosto de dias assim.
Marcos senta-se no sofá esperando o temporal passar, passa-se uma hora e nada:
- Isso vai durar para sempre... diz André entediado
- A gente sempre acha que sim, temerosos que tempestades, enchentes e ventos violentos irão destruir tudo... Passamos minutos imaginando que o céu cairá sobre nossas cabeças, dai sem aviso o vento vai se acalmando o silencio impera e depois nem as poças de água nos faz recordar do mau tempo.
- É... Sempre passa. confirma André que se deita de bruço no outro sofá e dorme...

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